A próxima fase de utilização do Fundo Amazônia, confirmada após a terceira reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) na terça-feira (18/07), permitirá aos municípios executarem projetos de redução do desmatamento nos próximos dois anos. Estes projetos engajarão agricultores familiares, povos indígenas, assentados e comunidades tradicionais em ações sustentáveis.
O Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, esclareceu que também estão entre as prioridades projetos inovadores voltados à restauração agroflorestal, estímulo à bioeconomia e regularização fundiária e ambiental.
A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que administra o Fundo Amazônia, abordou a disponibilidade de recursos para essa nova etapa. O Comitê acredita que incluir os municípios no projeto aumentará a eficiência no combate ao desmatamento.
Desde 2008, o Fundo Amazônia investe em ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal, com recursos de doações e rendimentos de aplicações. Noruega e Alemanha são os principais doadores, com Estados Unidos e França também demonstrando interesse.
Entre 2008 e 2019, o fundo aplicou R$ 1,8 bilhão em 102 projetos. Mas, desde 2019, com a suspensão dos comitês, mais de R$ 3 bilhões ficaram paralisados. Com a retomada dos comitês neste ano, 14 projetos voltaram a tramitar e um novo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento foi aprovado, com prioridade inicial à proteção dos Yanomamis devido a uma crise sanitária.
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Fonte: Agência Brasil.