Atualmente, as commodities estão fora do radar dos investidores do mercado financeiro nas bolsas norte-americanas, pois eles têm optado por direcionar recursos para outros ativos. Nos últimos meses, os investidores têm retirado dinheiro de fundos ligados a commodities, incluindo energia, alimentos e finanças, de acordo com dados do Investment Company Institute (ICI). Essa tendência de saída de fundos ocorreu em cinco semanas consecutivas até 20 de setembro, com um total de US$ 1,6 bilhão retirados desses fundos.
A baixa demanda por commodities é parcialmente atribuída à falta de perspectiva de retornos sólidos nessa classe de ativos. No entanto, alguns especialistas acreditam que essa tendência pode estar prestes a mudar. Eles observam que a previsão de um inverno mais intenso nos Estados Unidos pode afetar os preços do gás natural, já que temperaturas mais baixas podem impulsionar a demanda por aquecimento. Além disso, a falta de grãos, incluindo trigo, milho e soja, devido a possíveis reduções na produção nos Estados Unidos e Brasil, pode levar a uma escassez e, consequentemente, a preços mais altos.
Portanto, há a expectativa de que as commodities, especialmente as agrícolas, possam recuperar preços anteriores e atrair investidores que estavam evitando esse mercado. Especialistas destacam pontos fortes, como a possível alta nos preços do milho a longo prazo, safras de açúcar e cacau com volumes históricos e oportunidades no mercado de trigo.
É importante observar que a volatilidade e os movimentos de preços das commodities podem ser influenciados por uma variedade de fatores, incluindo condições climáticas, sazonalidade, oferta e demanda globais, políticas governamentais e eventos geopolíticos. Portanto, os investidores devem considerar esses fatores ao tomar decisões de investimento em commodities.
Fonte: Forbes
