Os contratos futuros da soja e do farelo negociados na Bolsa de Chicago (CME Group) registram queda nas últimas semanas, pressionados por fatores internos e externos. Entre os principais motivos estão o avanço da colheita no Brasil, líder global na produção e exportação do grão, além dos estoques elevados nos Estados Unidos.
As recentes tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos e as possíveis retaliações comerciais devem intensificar a tendência de baixa nos próximos dias. Para especialistas do Cepea, esse cenário reduz a competitividade da soja americana e impulsiona países como a China a buscar outros fornecedores no mercado internacional.
No mercado interno, os preços da soja também apresentaram retração. No entanto, a queda foi atenuada pela valorização dos prêmios de exportação no Brasil, puxados pela maior demanda externa. Esse movimento reforça a posição do país como principal alternativa aos compradores internacionais diante das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos.
A expectativa é de que o Brasil mantenha protagonismo nas exportações globais de soja, com impacto direto nas cotações e na movimentação de contratos futuros nos próximos meses.
