A Embrapa tem dado destaque a algumas pesquisas que contribuem para a conservação e o uso sustentável do bioma Cerrado, que é o segundo maior da América do Sul e do Brasil. Entre elas, estão os estudos com espécies nativas que têm potencial econômico e ambiental, como o baru, o pequi e a baunilha brasileira.
Baru
A árvore do baru é uma das mais promissoras para o cultivo no Cerrado, pois produz uma semente nutritiva e de alto valor de mercado, além de madeira de qualidade. A Embrapa desenvolveu uma técnica de enxertia que permite multiplicar as melhores plantas e formar pomares uniformes e produtivos. O baru também pode ser usado em sistemas integrados de produção, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), trazendo benefícios para o solo, a água e a biodiversidade.
Pequi
O fruto do pequizeiro é muito apreciado na culinária regional e tem potencial para agregar renda aos produtores rurais. A Embrapa lançou recentemente seis cultivares de pequi, sendo três sem espinho e três tradicionais. As novas cultivares são precoces, produtivas e têm alta qualidade de polpa. Elas permitem a formação de pomares comerciais e a redução do extrativismo.
Orquídeas do gênero Vanilla
A baunilha é uma orquídea nativa do Brasil que produz uma especiaria muito valorizada no mercado mundial. A Embrapa reuniu mais de 70 amostras de orquídeas do gênero Vanilla (baunilhas brasileiras), formando o primeiro banco de germoplasma do País. As espécies nacionais têm características únicas que podem conquistar nichos de mercado, como o da alta gastronomia. A Embrapa também está capacitando produtores rurais e comunidades tradicionais para o cultivo e o processamento da baunilha, visando à domesticação da cultura e à preservação das espécies.
Essas são apenas algumas das pesquisas da Embrapa que valorizam as espécies nativas do Cerrado, mostrando que é possível conciliar a produção agropecuária com a conservação desse bioma tão rico e importante para o Brasil e o mundo.
Fonte: Embrapa.
