Agronegócio

China emite mais de 750 mil toneladas de quotas de importação de algodão

A China, maior consumidor e importador de algodão do mundo, emitiu nesta semana mais de 750 mil toneladas de quotas de importação do produto, o que indica uma forte demanda pelo insumo têxtil. A expectativa é que o país asiático importe 2,4 milhões de toneladas de algodão em 2023, um aumento de 20% em relação ao …

A China, maior consumidor e importador de algodão do mundo, emitiu nesta semana mais de 750 mil toneladas de quotas de importação do produto, o que indica uma forte demanda pelo insumo têxtil. A expectativa é que o país asiático importe 2,4 milhões de toneladas de algodão em 2023, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.

O Brasil, segundo maior exportador de algodão do mundo, tem se beneficiado desse cenário, com um aumento de 66% no volume embarcado em agosto de 2023, em comparação com o mesmo mês de 2022. A receita com as vendas externas também cresceu 51% no período.

A safra brasileira de algodão 2022/23 foi estimada pela Conab em 3,15 milhões de toneladas, um aumento de 23,3% em relação à safra anterior. A área plantada foi ampliada em 4%, alcançando 1,664 milhão de hectares. Até o dia 8 de setembro, 94% da área havia sido colhida e 40% beneficiada.

O mercado internacional de algodão tem enfrentado diversos desafios climáticos, que afetam a oferta e a qualidade da pluma. Nos Estados Unidos, maior produtor e exportador do mundo, a seca e os furacões têm prejudicado as lavouras. Na Índia, segundo maior produtor e terceiro maior exportador, o plantio está atrasado por causa da falta de chuvas. Na Grécia e na Turquia, importantes fornecedores para a Europa, as inundações causadas pela tempestade Daniel devastaram as plantações.

Diante desses problemas, os preços do algodão na bolsa de Nova York têm oscilado bastante. O contrato Dez/23 fechou nesta quinta-feira (07/09) cotado a 85,38 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 2,8% na semana. O contrato Jul/24 fechou a 85,38 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 1,7% na semana. E o contrato Dez/24 fechou a 79,24 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 0,7% na semana.

Além dos fatores climáticos, o mercado também tem sido influenciado pela situação econômica da China, que enfrenta uma crise imobiliária e uma menor demanda interna. Os dados de comércio exterior divulgados esta semana evidenciaram os problemas enfrentados pelo país. Por outro lado, a emissão de novas quotas de importação e os leilões da reserva estatal mostraram que a China ainda tem um grande apetite pelo algodão.

A agenda do mercado para os próximos dias está voltada para o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado em 12 de setembro. O documento trará as estimativas atualizadas para a produção, o consumo e os estoques mundiais de algodão.


Fonte: Canal Rural.