A energia eólica offshore, que utiliza turbinas instaladas no mar para gerar eletricidade, é uma fonte de energia limpa e renovável que pode trazer benefícios para o Brasil. O país tem um potencial de cerca de 700 GW de geração eólica offshore, mas ainda não explorou essa oportunidade.
Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançado na terça-feira (12), em Brasília, há regiões com maiores chances de desenvolver projetos de energia eólica offshore, como o Nordeste, o Sudeste e o Sul. O estudo também aponta os principais desafios e as possibilidades de produção de hidrogênio de baixo carbono a partir dessa fonte.
Benefícios para a economia e o meio ambiente
A CNI destaca que a energia eólica offshore pode contribuir para o cumprimento das metas do Acordo de Paris, que prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o setor pode gerar empregos, renda, inovação e competitividade para a indústria brasileira.
O estudo da CNI estima que 260 GW de energia eólica offshore podem ser gerados no mundo até 2030, com investimentos de US$ 1 trilhão. Para aproveitar esse mercado, o Brasil precisa de um marco regulatório que traga segurança jurídica e previsibilidade aos investidores. Nesse sentido, há um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que regulamenta a cessão de áreas, a cobrança de outorgas e os critérios para os leilões.
Hidrogênio de baixo carbono como alternativa
Outra questão levantada pelo estudo da CNI é como o setor elétrico vai absorver toda a expectativa de expansão da geração eólica offshore. Uma das soluções é a produção de hidrogênio de baixo carbono, que pode ser obtido a partir da eletrólise com fontes renováveis, como a eólica offshore.
O hidrogênio de baixo carbono pode ser usado em diversos setores da indústria, como siderurgia, refinarias, metanol e fertilizantes. Além disso, pode ser exportado para países que demandam esse produto, como Japão e Coreia do Sul. O estudo da CNI recomenda que o Brasil inicie acordos e desenvolva infraestrutura para se posicionar nesse mercado.
Fonte: Brasil 247.