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Desafios climáticos e alta do conilon marcam safra de café

A safra de café 2025/26 no Brasil reflete os desafios climáticos enfrentados pelos cafezais, com queda de 12,4% na produção de arábica, totalizando 34,7 milhões de sacas, especialmente em Minas Gerais. Em contrapartida, o conilon apresenta um crescimento expressivo de 17,2%, alcançando 17,1 milhões de sacas, impulsionado pelo Espírito Santo, maior produtor nacional da variedade. …

A safra de café 2025/26 no Brasil reflete os desafios climáticos enfrentados pelos cafezais, com queda de 12,4% na produção de arábica, totalizando 34,7 milhões de sacas, especialmente em Minas Gerais. Em contrapartida, o conilon apresenta um crescimento expressivo de 17,2%, alcançando 17,1 milhões de sacas, impulsionado pelo Espírito Santo, maior produtor nacional da variedade. A ampliação das áreas irrigadas e boas condições climáticas favoreceram a produtividade do conilon, compensando parcialmente a menor oferta de arábica no mercado.

Reprodução/Freepik

Apesar do cenário positivo para o conilon, preocupações sobre a qualidade da safra surgem devido às altas temperaturas e estiagem prolongada, afetando a sanidade das lavouras. Especialistas alertam para o aumento de pragas como bicho-mineiro e ácaro vermelho, além de doenças como “coração negro”, que compromete o desenvolvimento e o peso dos grãos. Monitoramento e manejo adequado são essenciais para minimizar perdas e garantir a qualidade do café brasileiro.

A expectativa para o mercado aponta para mudanças no consumo e no blend utilizado pelas torrefações, com maior presença do conilon na composição dos cafés. A produtividade recorde no Espírito Santo reforça essa tendência, mas a influência do clima até a colheita será decisiva. Especialistas recomendam atenção ao manejo e estratégias para mitigar impactos, garantindo a estabilidade da produção e a competitividade do café nacional no cenário global.