A guerra comercial entre Estados Unidos e China continua beneficiando o agronegócio brasileiro, segundo o CEO da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato. Durante teleconferência sobre os resultados da empresa, ele destacou que o Brasil se consolida como fornecedor seguro de alimentos, especialmente com a demanda firme da China por soja, milho e algodão. Pavinato acredita que, em 2025, a China importará 80 milhões de toneladas de soja do Brasil, reduzindo drasticamente sua dependência dos EUA.

Para o executivo, o atual conflito tem caráter mais geopolítico do que comercial e não deve gerar um novo acordo agrícola entre EUA e China, o que seria negativo para o Brasil. Além disso, ele ressaltou que, embora os estoques chineses de soja estejam elevados, o cenário global não indica excesso, o que sustenta uma visão positiva para os preços.
No caso do algodão, Pavinato afirmou que o Brasil deve assumir posição de destaque como fornecedor à China, enquanto as incertezas geradas pelas políticas norte-americanas afetam a demanda e pressionam os preços da commodity.