O mercado de trigo brasileiro permaneceu estagnado durante o Carnaval, com cotações inalteradas, segundo a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, os preços variam entre R$ 1.350 e R$ 1.370 por tonelada para retirada até março, enquanto lotes de melhor qualidade são negociados a R$ 1.400 para abril e maio. A oferta estimada é de 940 mil toneladas, mas a qualidade heterogênea dificulta os negócios. A moagem segue lenta devido à fraca demanda por farinha, e o mercado deve reagir apenas a partir de abril.

Em Santa Catarina, os preços permanecem estáveis, mas moinhos enfrentam dificuldades para cobrir custos. O farelo de trigo desvalorizou para R$ 1.100/t ensacado, e algumas cooperativas optam por segurar estoques à espera de valorização. Em Rio do Sul, a saca de trigo registrou alta para R$ 80,00. Já no Paraná, a oferta é escassa, com vendedores pedindo entre R$ 1.500 e R$ 1.600/t FOB. O trigo branqueador é ainda mais raro, superando R$ 1.700/t.
Diante da baixa disponibilidade interna, a importação se torna uma alternativa, com trigo chegando ao Paraná por US$ 265/270 por tonelada. No mercado futuro, compradores oferecem entre R$ 1.400 e R$ 1.450 CIF. O preço médio da saca no estado subiu 1,41%, atingindo R$ 74,27, enquanto o lucro médio do produtor avançou para 6,95%.