
Durante a abertura da COP30, realizada em Belém (PA), nesta segunda-feira (10), o presidente Lula afirmou que levar a conferência para o coração da Amazônia foi um trabalho árduo, mas necessário. ”Quem vê só a floresta de cima desconhece o que se passa à sua sombra. O bioma mais diverso da Terra, lar de 50 milhões de pessoas, incluindo 400 povos indígenas, enfrenta desafios sociais e econômicos”, disse Lula.
Ele ressaltou que a mudança climática já não é uma ameaça do futuro, mas uma tragédia do presente. “O desastre do furacão Melissa, no Caribe, e o tornado no sul do Paraná, no Brasil, deixaram vítimas fatais. O aumento da temperatura global espalha dor e sofrimento, principalmente entre os mais vulneráveis.”
Sobre o Acordo de Paris, o presidente reforçou sua importância para conter o aquecimento global. “Sem o acordo, o mundo estaria fadado a aquecimento catastrófico de 5
graus até o final do século”, apontou.
Ele lembrou que há mais de 30 anos, na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, o mundo discutiu desenvolvimento e proteção ambiental. “Hoje, a Convenção retorna à sua terra natal para recuperar o entusiasmo e o engajamento que embalaram seu nascimento”, disse o presidente.
O presidente destacou que é essencial colocar as pessoas no centro da emergência climática. “Avançar nesse debate exige uma governança global mais robusta. A emergência climática é uma crise de desigualdade.”
Lula afirmou que a COP30 deve ser “a COP da verdade”, convocando uma reação mundial contra a desinformação climática. “Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada.” Apresentou o Chamado à Ação, dividido em três eixos: cumprimento de compromissos climáticos, fortalecimento da governança global, incluindo a proposta de criação de um Conselho do Clima na ONU, e centralidade das pessoas nas políticas ambientais.
Fonte: Canal Rural.








