Açúcar abre o pregão em alta, enquanto algodão opera com estabilidade
Na bolsa de Nova York, cacau e café têm sido classificadas como ‘soft commodities voláteis’, que ensaiam estabilizarem-se, mas permanecem em um sobe-desce, diante do que o mercado chama de “ansiedade climática”. No caso do café arábica, os contratos com vencimento para dezembro depreciam um pouco menos, com queda de 0,12% na manhã desta quarta-feira (23/10).
Cotados a US$ 2,4955 a libra-peso, os futuros do arábica caem acompanhando o robusta em Londres, um resultado de uma combinação de fatores climáticos e de aumento nas exportações globais.
No Brasil, a chegada das chuvas e da principal floração das lavouras dá fôlego ao produtor e arrefece o mercado. De acordo com a avaliação matinal da Trading Economics, o aumento dos estoques monitorados no ICE, que atingiram níveis mais altos desde 2023, também está pressionando os preços para baixo.
A consultoria ainda menciona que o café registra o maior recuo desde o pico do ano, de US$ 2,75/lp, alcançado em 26 de setembro. “No entanto, os analistas do setor alertam que as chuvas previstas podem não ser suficientes para mitigar totalmente as preocupações sobre o florescimento da colheita de café do próximo ano, que continua em risco devido às condições de seca prolongada”, reportou a Trading Economics.
Para o cacau, a queda é mínima, de 0,01%, com lotes de dezembro negociados a US$ 7.139 a tonelada. O cenário está atrelado a expectativas de melhora na oferta de países produtores, como Costa do Marfim e Gana, que estão colhendo suas safras principais, o que se soma à recente estabilização do clima nessas regiões, aliviando preocupações sobre interrupções na produção.
Em contrapartida, o açúcar abriu o pregão em alta de 2,72%, a 72,32 centavos de dólar por libra-peso, sustentado por preocupações contínuas sobre a produção de grandes exportadores, como a Índia e a Tailândia, que enfrentam dificuldades climáticas.
Já o algodão manteve-se estável, sem grandes variações, refletindo o equilíbrio entre oferta e demanda, apesar de uma leve queda, de 0,22%, precificados a 71,92 centavos de dólar por libra-peso.
Embora algumas regiões produtoras, como os Estados Unidos, tenham sofrido com o clima adverso, o mercado permanece cauteloso, à espera de novos dados sobre a safra e o consumo mundial.