O 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, realizado em Bento Gonçalves (RS), levou participantes a experiências práticas de produção de energia limpa. Três roteiros de visitas técnicas permitiram conhecer plantas em operação nos setores agroindustrial e pecuário no Rio Grande do Sul, mostrando como resíduos estão sendo transformados em energia e fertilizantes.
Um dos destaques foi a indústria Folhito, em Estrela (RS), que trata resíduos agroindustriais por biodigestão e compostagem. A planta produz até 10 mil m³ de biogás por dia e 150 mil toneladas anuais de fertilizante. Parte do biogás vira energia para a própria operação, e o excedente é convertido em biometano para abastecer a frota e comercialização. “Queríamos ver de perto o modelo conjugado de compostagem e biodigestão”, comentou Carlos Duque, da Federação Nacional de Avicultura da Colômbia.
Outros roteiros mostraram granjas que utilizam dejetos de suínos e vacas leiteiras para gerar energia. Em Vila Flores, a Granja Ceccato gera 80% da energia elétrica que consome. Em Casca, a Granja Mezzomo produz 900 m³ de biogás/dia e planeja uma usina para 40 mil kWh/mês. Já em Ibiraiaras, a propriedade N&N Cecchin obtém 40% da energia a partir dos resíduos das vacas holandesas.
A visita também incluiu a UVS Minas do Leão, da CRVR, que processa 4 mil toneladas de resíduos urbanos por dia. A unidade gera 8,5 MW de energia e prepara uma planta de biometano com capacidade de 66 mil m³/dia. O Fórum foi promovido pela UCS, Embrapa, CIBiogás e SBERA, reforçando o protagonismo da região na transição para uma matriz energética mais sustentável.
