Os preços do milho voltaram a recuar na última semana nas principais regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a desvalorização foi impulsionada pela postura cautelosa de compradores, que optaram por consumir estoques e adiar novas aquisições no mercado spot, à espera de cotações mais baixas.

Mesmo os demandantes ainda ativos nas negociações ofertaram valores menores para a compra de novos lotes, o que ampliou a pressão sobre os preços. Do lado da oferta, vendedores têm mostrado maior flexibilidade nas negociações, tanto nos valores quanto nos prazos, diante do foco nos trabalhos de campo.
No campo, as atenções estão voltadas para o clima. Agricultores acompanham as previsões de retorno das chuvas, que podem minimizar os efeitos do tempo seco registrado em março em áreas da segunda safra, como no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
A semeadura da segunda safra foi concluída, conforme relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado em 14 de abril. Já a colheita da safra de verão segue avançando e alcança 65,5% da área plantada no Brasil, percentual superior à média dos últimos cinco anos, que é de 60,3%.