Pesquisa

Pesquisadores da USP desenvolvem bioespuma sustentável palmeira de buriti

Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) encontrou um substituto sustentável para os painéis isolantes térmicos usados na construção civil. Trata-se de uma bioespuma feita a partir das folhas do buritizeiro, uma palmeira nativa da Amazônia. O buritizeiro é uma das palmeiras mais utilizadas na …

Folhas de uma palmeira de buritizeiro (conhecida também por buriti). Crédito: Nailana Thiely/ASCOM-UEPA.

Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) encontrou um substituto sustentável para os painéis isolantes térmicos usados na construção civil. Trata-se de uma bioespuma feita a partir das folhas do buritizeiro, uma palmeira nativa da Amazônia.

O buritizeiro é uma das palmeiras mais utilizadas na região amazônica, tanto para alimentação quanto para artesanato. A bioespuma é produzida a partir da parte interna do pecíolo da folha, conhecida como miriti, que tem um aspecto esponjoso e leve.

A bioespuma se mostrou capaz de substituir o isopor dos painéis isolantes, apresentando vantagens como biodegradabilidade, menor flamabilidade e baixo impacto na extração do material. Além disso, a bioespuma tem propriedades mecânicas e térmicas adequadas para o uso em telhados.

A pesquisa é fruto da dissertação de mestrado da aluna Alessandra Silva Batista, do Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais. O produto ainda está em processo de patente pelos pesquisadores da USP, mas a equipe busca parceiros para financiar o trabalho junto com a indústria.

A bioespuma do buritizeiro é uma alternativa sustentável para o agronegócio, que pode contribuir para o desenvolvimento econômico e a conservação do ambiente.


Fonte: Tempo.