Um recente estudo conduzido pela Serasa Experian, abrangendo as 27 unidades federativas do país, apontou que 28% dos produtores rurais brasileiros enfrentaram inadimplência no mês de julho deste ano. Segundo Marcelo Pimenta, responsável pelo agronegócio na empresa, esse número pode ser considerado relativamente baixo.
“Quando comparamos com toda a população negativada, por exemplo, o índice chegou a 43,7% em julho deste ano. Além disso, a relação com o estudo que fizemos em março deste ano mostra que o índice permaneceu praticamente estável, com aumento de 1%”, esclarece Pimenta.
Impacto da idade
A pesquisa aponta que a idade é um fator determinante para a negativação no setor rural. Os dados revelam que trabalhadores rurais com mais de 60 anos apresentaram menor índice de inadimplência, enquanto aqueles com idade entre 18 e 25 anos registraram níveis mais elevados. Essa informação é visualizada no gráfico abaixo:
Inadimplência por região
A análise também evidenciou que a região Sul apresentou o menor índice de negativação, com apenas 15% dos trabalhadores rurais com registros de inadimplência. Em seguida, figuram o Sudeste (24,6%), Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (33,8%) e Norte (40,1%).
A análise por unidades federativas revela que o Amapá detém o maior percentual de produtores rurais inadimplentes, enquanto o estado de Santa Catarina destaca-se por seu cenário mais positivo.
Estratégias para recuperar a estabilidade financeira
Conforme orienta a Serasa Experian, os produtores rurais que operam como pessoas físicas precisam priorizar o planejamento financeiro, à semelhança dos consumidores convencionais. Isso implica em compreender os movimentos do mercado relacionados aos custos de insumos e aos preços futuros da produção, com o intuito de manter o controle financeiro.
Além disso, o seguro rural pode ser uma ferramenta crucial para proteger o produtor contra riscos associados a intempéries como chuvas excessivas, secas e geadas. Em caso de ocorrência de um desses eventos, o seguro pode ser acionado para cobrir as obrigações com financiadores e parceiros, evitando assim a negativação do nome.
Marcelo Pimenta acrescenta: “A maior parte dos produtores rurais brasileiros consegue evitar a inadimplência e continuar gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos, além de mitigar os riscos de suas negociações. Ainda assim, para aqueles que precisam de ajuda, temos o compromisso de proporcionar ferramentas que auxiliem a regularização financeira.”
Fonte: Canal Rural.
