O mercado do açúcar mantém sua trajetória de desvalorização, com o contrato para maio de 2025 cotado a 18,10 cents de dólar por libra-peso, queda de 0,66%. Contratos mais longos, como julho e outubro, operam na faixa dos 17 cents, reforçando a perspectiva baixista para o setor. A demanda segue enfraquecida no curto prazo, já que grande parte das negociações foi fechada em fevereiro, limitando novas oportunidades de venda.

O clima no Brasil tem sido favorável à recuperação dos canaviais, impulsionando as projeções de produção para mais de 610 milhões de toneladas. Após um período de estiagem e queimadas em 2024, a safra robusta adiciona pressão sobre os preços. Além disso, o petróleo Brent recuou para US$ 71,10 por barril no vencimento de maio, com a OPEP+ mantendo o aumento da oferta e os EUA restringindo exportações da Venezuela.
Esse cenário ampliou a competitividade no mercado energético, impactando os preços do etanol. Com isso, o mix da próxima safra brasileira deve priorizar o açúcar, com projeção de 51% da produção destinada ao setor açucareiro.