Suínos

Poder de compra de suínos cai em relação ao milho, mas aumenta em relação ao farelo

Uma das principais causas dessa dinâmica é a menor procura por parte da indústria no início do mês, o que tem pressionado a cotação média mensal do suíno.

Foto: Freepik

Recentes pesquisas conduzidas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam para um cenário desafiador para os suinocultores paulistas. Enquanto os preços do suíno vivo apresentam leves quedas no mercado independente em março, os custos de produção, especialmente relacionados ao milho, permanecem elevados.

Uma das principais causas dessa dinâmica é a menor procura por parte da indústria no início do mês, o que tem pressionado a cotação média mensal do suíno. Por outro lado, os preços do milho têm se mantido firmes, impulsionados pelo baixo volume de estoques e por valorizações no mercado externo. Essa conjuntura tem contribuído para dificultar a situação financeira dos produtores, já que o milho representa uma parte significativa dos custos de produção na suinocultura.

Em contrapartida, os preços do farelo de soja têm apresentado uma tendência de queda, resultado de consumidores que estão se abastecendo aos poucos, baseados na expectativa de uma maior oferta do derivado devido ao aumento na demanda por óleo de soja.

Essa variação nos preços dos insumos tem impactado diretamente o poder de compra dos suinocultores paulistas. Enquanto a relação entre o preço do suíno vivo e o custo do milho tem se mostrado desfavorável, em relação ao farelo de soja, os suinocultores têm registrado um avanço em seu poder de compra.

Diante desse cenário, é fundamental que os produtores estejam atentos às oscilações do mercado e adotem estratégias de gestão de risco para mitigar os impactos financeiros em suas operações. Além disso, políticas públicas e iniciativas do setor privado podem desempenhar um papel crucial no apoio aos suinocultores durante períodos de volatilidade nos preços dos insumos.


Fonte: Canal Rural