Comércio

Exportações de peixes disparam, mas déficit comercial ainda preocupa

As exportações brasileiras de peixes de cultivo cresceram expressivamente em 2024, impulsionadas principalmente pela tilápia. O volume exportado dobrou, atingindo 13.792 toneladas, enquanto a receita saltou 138%, chegando a US$ 59 milhões. Os Estados Unidos foram o principal destino, absorvendo 89% das vendas, com destaque para os filés frescos, que movimentaram US$ 36,6 milhões. A …

As exportações brasileiras de peixes de cultivo cresceram expressivamente em 2024, impulsionadas principalmente pela tilápia. O volume exportado dobrou, atingindo 13.792 toneladas, enquanto a receita saltou 138%, chegando a US$ 59 milhões. Os Estados Unidos foram o principal destino, absorvendo 89% das vendas, com destaque para os filés frescos, que movimentaram US$ 36,6 milhões. A queda de 19% nos preços internos da tilápia favoreceu essa expansão, tornando o produto mais competitivo no mercado internacional.

O Brasil subiu posições no ranking de fornecedores de tilápia para os EUA, tornando-se o segundo maior exportador de filés frescos, atrás apenas da Colômbia. Com o fim da exigência do Certificado Sanitário Internacional, a expectativa é de um crescimento ainda maior. O Paraná liderou as exportações nacionais, com 64% do total, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mesmo com o avanço, o país ainda tem um longo caminho para consolidar sua presença global na aquicultura.

Reprodução/Freepik

Apesar do aumento nas exportações, a balança comercial do setor segue deficitária. Em 2024, o Brasil importou US$ 992 milhões em pescado, registrando um déficit 8,5% maior que no ano anterior. O salmão continua sendo o peixe mais importado, representando US$ 909 milhões do total, seguido pelo pangasius e pela truta. Enquanto a indústria busca expandir sua competitividade no exterior, o país ainda depende significativamente de pescados importados para suprir a demanda interna.