Uma usina de algodão orgânico sediada na comunidade Abelha Branca, zona rural de Paulistana (PI), está transformando a vida de 28 famílias de agricultores.
Os agricultores administram uma associação que desenvolve um projeto de cultivo de algodão orgânico na região, em parceria com a empresa francesa Vert, que comercializa toda a produção.
A obtenção do selo de produção orgânica é acompanhada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) por meio do sistema de certificação participativa.
Uma comissão avalia o processo produtivo de acordo com os critérios de produção 100% orgânica.
A empresa francesa oferece suporte técnico em todas as etapas, desde a preparação do solo até o plantio e a colheita. Além disso, são monitorados os dados pluviométricos para acompanhar as chuvas na região.
O preço de venda total do produto é de R$ 17,00 por quilo, podendo ser acrescido de R$ 5,80 por quilo de pluma se os agricultores cumprirem todos os critérios para a certificação orgânica.
No ano de 2022, foram produzidas 10 toneladas de algodão orgânico, e a expectativa para 2023 é superar 15 toneladas.
O cultivo de algodão é feito em consórcio com milho, feijão, amendoim, gergelim e girassol, visando garantir a segurança alimentar dos agricultores, além da produção de algodão.
Para combater a praga do bicudo-do-algodoeiro sem o uso de agrotóxicos, os agricultores realizam o plantio nas primeiras chuvas da estação, entre os meses de novembro, dezembro e janeiro. Após a colheita, é feito um período de vazio sanitário de pelo menos 90 dias, no qual não se permite o plantio nem a manutenção das plantas de algodão da última safra. Nesse período, animais são utilizados para consumir a folhagem e o algodão é removido, interrompendo o ciclo da praga de um ano para o outro.
Dentro do processo de produção de algodão orgânico, todos os elementos são aproveitados, incluindo as sementes.
Após a extração do algodão, as sementes são utilizadas na produção de ração animal, servindo como suplemento nutricional durante o período seco. Isso proporciona uma economia para os agricultores.
Fonte: SAF.
