O Plano Safra 24/25 da agricultura empresarial terá juros entre 7% e 12% ao ano, apurou a reportagem. A taxa mais baixa será destinada para investimentos na conversão de pastagens degradadas por meio do programa RenovAgro, antigo ABC+, e para a construção de armazéns de até 6 mil toneladas. A taxa mais alta será do custeio empresarial, a mesma do ciclo 2023/24. O custeio do Pronamp também continuará com juros de 8% ao ano.
Serão destinados R$ 107,3 bilhões em recursos para os programas de investimentos, que terão juros de 7% a 11,5%. Serão R$ 48,8 bilhões em recursos com juros equalizados, R$ 27 bilhões com juros controlados sem equalização e R$ 31,5 bilhões a juros livres. Os números ainda podem sofrer modificações até o momento do anúncio, agendado para às 15h desta quarta-feira (3/7).
Linhas de investimento
O Moderfrota, destinado para compra de máquinas e equipamentos por grandes produtores, terá R$ 9,5 bilhões em recursos disponíveis a juros equalizados, com juros de 11,5% ao ano. A mesma linha no Pronamp, destinada a médios produtores, terá R$ 2,8 bilhões com taxa de 10,5% ao ano. Ambas têm carência de até 14 meses.
O Moderagro terá R$ 3 bilhões em recursos equalizados com juros de 10,5% ao ano. São as mesmas condições do Proirriga, que terá disponibilidade de R$ 2,6 bilhões.
O RenovAgro terá R$ 5,45 bilhões, com juros de 8,5%. A linha RenovAgro Ambiental terá R$ 230 milhões e taxa de 7% ao ano. A linha destinada à conversão e recuperação de pastagens também terá a alíquota de 7%, com disponibilidade de R$ 2 bilhões em recursos equalizados.
O PCA, para construção de armazéns, terá R$ 4,5 bilhões em recursos e juros de 8,5% ao ano. Para a construção de unidades armazenadoras de até 6 mil toneladas os juros serão de 7% ao ano, com R$ 3,3 bilhões disponíveis.
Para o Inovagro, o governo separou R$ 3,5 bilhões de recursos equalizados para serem acessados com juros de 10,5% ao ano. Prodecoop (R$ 1,8 bilhão) e Procap-Agro Giro (R$ 1 bilhão) terão juros de 11,5% ao ano.
A linha de investimentos do Pronamp terá R$ 7,43 bilhões com juros equalizados de 8% ao ano, inclusive para acesso a recursos especiais para o Rio Grande do Sul.
Para o investimento empresarial terá R$ 1,7 bilhão, com juros de 10,5% ao ano.
Os recursos a juros controlados sem equalização são de livre negociação das taxas de juros, carência e limites de financiamento.
O Pronamp terá R$ 65,2 bilhões, com recursos controlados, e demais produtores terão R$ 335,3 bilhões. Desses, a maior parte é a juros livres (R$ 211,5 bilhões). Os outros R$ 123,86 bilhões são a juros controlados.
