A Influenza Aviária (IA) continua sendo uma das maiores ameaças sanitárias para a avicultura global, com impactos significativos na saúde animal e na economia do setor. O Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango, mantém-se livre da doença, mas a proximidade com países afetados aumenta a vulnerabilidade, exigindo estratégias rigorosas de prevenção. Nesse cenário, a gestão de risco se torna essencial para garantir a sanidade das aves, com ações de vigilância ativa, controle de fronteiras e protocolos de resposta rápida.

O médico-veterinário Luís Gustavo Corbellini, especialista em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia de Doenças, destaca a importância de monitorar as aves silvestres, a criação de aves de quintal e, principalmente, as granjas comerciais. Segundo ele, a gestão de risco eficaz depende de indicadores claros e de um monitoramento constante para garantir a eficiência dos programas de vigilância e aumentar a capacidade de resposta em caso de surto.
Durante a Conferência Brasil Sul da Indústria de Produção de Carne de Frango (Conbrasfran), Corbellini ressaltou que a comunicação estratégica é fundamental para o gerenciamento de riscos. Ele defendeu uma abordagem estruturada em três linhas de defesa, com funções específicas e interligadas, para assegurar a transparência e eficácia nas ações de prevenção e controle da Influenza Aviária.