Localizada na vasta Planície de Nullarbor, na Austrália Ocidental, a Rawlinna Station se destaca como a maior fazenda de ovelhas do mundo, com uma extensão impressionante de 1.046.323 hectares – quase sete vezes a área da cidade de São Paulo. A propriedade, que abriga cerca de 60 mil ovelhas da raça Merino, é um polo estratégico na produção de lã de alta qualidade, fornecendo matéria-prima para mercados internacionais de luxo. Com uma infraestrutura robusta, que inclui um complexo de tosquia e um sofisticado sistema de abastecimento de água, a fazenda enfrenta os desafios do clima árido e da imensidão de seu território com inovação e planejamento.
Recentemente, a gigante pecuária foi adquirida pela Consolidated Pastoral Company (CPC), uma das maiores empresas do setor na Austrália. A transação, realizada no modelo “walk in, walk out”, garantiu a continuidade das operações, mantendo o rebanho e a equipe de funcionários. A nova administração pretende modernizar ainda mais a produção, com o uso de drones para monitoramento do rebanho e sistemas de GPS para a gestão de recursos hídricos, além da ampliação das medidas de segurança contra predadores, como cercas elétricas movidas a energia solar.
A Rawlinna Station opera em um ambiente desafiador, onde a escassez de chuvas exige soluções eficientes para a manutenção da pecuária em larga escala. A fazenda conta com 37 poços distribuídos em cercados estratégicos e um complexo de tosquia equipado para processar milhares de ovelhas anualmente. Em anos favoráveis, a produção pode ultrapassar 1.700 fardos de lã, reforçando a importância da propriedade na economia agropecuária australiana.
Agora sob a gestão da CPC, a Rawlinna Station se prepara para expandir sua capacidade produtiva e consolidar sua posição como referência global em pecuária ovina. A aquisição ainda aguarda aprovação do governo australiano, mas o planejamento estratégico já está em andamento. Combinando tradição e inovação, a maior fazenda de ovelhas do mundo segue como um exemplo de eficiência e resiliência no agronegócio.
